Outras situações decorrentes das baixas temperaturas, sobretudo no respeitante a acidentes de viação, embora graves nas suas consequências, são pontuais, mais controláveis, e com maior dependência do comportamento e atitude dos envolvidos, pelo que será atribuível sobretudo a falta de prudência e de adequação do estilo e técnica de condução mais responsável por acidentes do que os elementos da Natureza.
Embora a morte como resultado directo e imediato do frio e não por causas colaterais seja rara entre nós, o facto é que a mortalidade aumenta durante as vagas de frio ou nos dias subsquentes, conclusão que resulta da comparação da mortalidade média anual com aquela que se verifica nestes dias, sendo que, na ausência de outras causas, com toda a probabilidade o aumento do número de mortes resulta das baixas temperaturas.
Muitos destes óbitos podiam ser evitados seguindo os conselhos da Protecção Civil, ou mesmo recorrendo ao bom senso, que dita uma menor exposição ao frio, maior cuidado com o vestuário ou ingestão de bebidas quentes, opções ao alcande de muitos, mas que, infelizmente, exclui parte da população, que necessita de maior apoio durante estas alturas sem que, quando terminam os alertas, seja novamente abandonada, como tem acontecido no passado.
Com a possibilidade de as temperaturas descerem abaixo de 0º em locais onde tal é raro, como no distrito de Setúbal, ou mesmo em zonas limítrofes da cidade de Lisboa, num período muito próximo do Natal, estes serão dias durante os quais as autoridades responsáveis pelo socorro e pela saúde terão que estar especialmente atentas e devidamente mobilizadas, algo que, nesta época festiva, apresenta dificuldades acrescidas.
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