Quando, recentemente, criticamos as opções da Câmara Municipal de Lisboa pela suspensão do plano de contingência para o frio, que é activado quando a temperatura desce para os 3º e assim se mantém durante dois dias consecutivos, sendo suspensa quando a temperatura sobe, mesmo marginalmente, não tivemos ocasião de ir um pouco mais longe, concretizando as razões da nossa oposição a esta política.
A questão dos alertas emitidos por diversas entidades com base na temperatura, bem como a reacção das autoridades envolvidas, obedecendo a um critério linear de valor absoluto, levanta algumas questões, nomeadamente o impacto sobre o corpo humano em termos de saúde e de conforto, algo que, objectivamente, é determinado por um conjunto alargado de factores.
O dia de hoje em Lisboa amanheceu com alguma humidade e nevoeiro, com uma temperatura que se pode considerar normal, entre os 6 e os 7º, mas transmitindo uma sensação de frio muito mais forte do que dias com temperaturas reais francamente mais baixas e inúmera queixas de que seria o dia mais frio do ano.
Se bem que a temperatura seja determinante, como factor base e primordial, dependendo de um conjunto de condições e permissas pode ser sentida de forma diferente, tornando-se não apenas mais incómoda, como mais perigosa, sobretudo para aqueles que sejam mais vulneráveis ou se encontrem menos protegidos e que, em dadas combinações, sofrem de forma desproporcionada face aos valores de uma temperatura absoluta.
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