Com 79% do território nacional em seca extrema e os restantes 21% em seca moderada, a perspectiva de que a situação se agrave, caso não chova durante o próximo mês, e atinja níveis de seca grave no final do mês de Setembro, está a levantar preocupações e algum alarme, não apenas por parte de agricultores, dado que afecta toda a economia nacional e mesmo o bem estar e a segurança das populações.
Num ano particularmente seco, conforme os dados do primeiro semestre, mesmo que chova de acordo com o habitual durante o mês de Setembro, a situação de seca irá manter-se, confirmando uma perigosa tendência que se tem verificado nos últimos anos e que tem contribuído de forma muito negativa para a desertificação e despovoamento de parte do território nacional.
Dos três cenários criados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, apenas o menos previsível, que corresponde a um substancial aumento da pluviosidade terá algum impacto favorável, sabendo-se que, salvo situações absolutamente excepcionais ou anómalas, esta situação seria ultrapassada antes do termo de Outubro, altura em que a própria queda das temperaturas diminui a gravidade do problema.
A falta de água, para além do impacto na agricultura e na pecuária, tem comprometido meios dos bombeiros no abastecimento de água a populações mais isoladas, sobretudo no Interior Norte, e a secura dos solos e baixo nível de humidade tem potenciado a propagação dos fogos florestais, dificultando seriamente o combate.
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