A reposição da isenção de taxas moderadoras a bombeiros e dadores de sangue tem um valor simbólico que excede em muito o seu impacto na vida da maioria dos beneficiados e nas contas do Estado, representando um tributo a um conjunto de cidadãos que vão muito para além do mero dever cívico.
A suspensão desta isenção, que nem se pode considerar como um benefício, nem como um previlégio, nem sequer como uma compensação, tal a desproporção face ao serviço prestado por este conjunto de voluntários, foi considerada ofensiva e, do ponto de vista prático, profundamente negativa, desmobilizando quem merece sentir-se incentivado e acarinhado pelo Estado.
Nenhuma opção financeira pode justificar a injustiça e o envio de uma mensagem francamente errada, a qual, pelo seu valor simbólico, anula todos os elogios e homenagens com as quais, de alguma forma, se possa tentar mitigar um erro flagrante, que nem a mais absurda noção de redução de custos pode justificar, dado ser intuitivo que as consequências financeiras serão negativas.
Não temos dúvidas de que ninguém conhece o impacto financeiro da suspensão destas isenções, nem das consequências destas, directas ou indirectas, na mobilização de bombeiros ou no volume de dádivas de sangue, essas insubstituíveis e impossíveis de contabilizar nas suas diversas perspectivas e implicações.
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