Aliás, muitas das medidas impostas pelos sucessivos governos primam pela falta de estudo a nível do impacto directo, e menos ainda dos efeitos indirectos ou colaterais, esquecendo que podem ter resultados quase imprevisíveis, sobretudo quando, mesmo que involuntariamente, se revestem de um significado ou simbolismo capaz de se replicar em sucessivas ondas de choque.
Sendo difícil de estabelecer uma relação directa, dada a multiplicidade de factores e circunstâncias com implicação mais ou menos evidente, a diminuição nas dádivas de sangue podem ser, pelo menos parcialmente, um resultado da suspensão das isenções, tal como poderá ter afectado o número de bombeiros voluntários, algo que, sendo impossível de provar, é imediato de intuir.
Conjuntamente com uma manifesta insatisfação generalizada, este tipo de medidas tem um efeito muito mais negativo do que o previsto, interagindo e potenciando opções similares e dando origem a um conjunto muito superior à soma das partes, situação para a qual a suspensão destas isenções contribuiu de forma substancial.
Para além de repor uma isenção, justa e plenamente justificável, o reconhecimento do esforço destes cidadãos para o bem comum e a justa distinção com que são tratados, envia uma mensagem positiva e mobilizadora, convidando a sociedade a participar de forma mais activa em missões ou acções onde a solidariedade está sempre presente e cujos objectivos e resultados são vitais para a comunidade em que nos inserimos.
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