Várias questões se podem colocar, seja sobre as circunstâncias em que ocorreu o acidente, seja no respeitante aos meios de socorro, à sua disponibilidade, ao tempo que demoraram a intervir no local, bem como à sua adequação ao tipo de lesões sofridas pelas vítimas.
Quando ao acidente, do qual resultou uma vítima mortal, este será investigado pelas entidades competentes que tentarão determinar as circunstâncias exactas do mesmo, pelo que teorias sobre o mesmo, e já ouvimos algumas, como a existência de um aluimento de terras ou o desviar de um ramo, mesmo que verosímeis, devem ser considerados hoje como meramente especulativos e não as discutiremos.
No respeitante ao socorro, este infelizmente espelha a triste realidade que se vive no Interior do País, em locais afastados dos grandes centros urbanos, onde se concentram os recursos hospitalares e uma grande parte dos meios essenciais a uma intervenção atempada, do que, em muitos casos, depende a sobrevivência ou a qualidade de vida futura de quem é vítima de um acidente.
Os tempos de intervenção, contados desde a ocorrência até à prestação de cuidados médicos adequados ao estado das vítimas revelou-se incompatível com os níveis de prontidão essenciais para o sucesso do socorro, sendo certo de que seis horas entre um acidente e a chegada a um hospital com as valências necessárias, é absolutamente inadmissível e, dado que a primeira paragem cardio respiratória ocorreu quatro horas após o acidente, não podemos deixar de nos interrogar quanto às implicações de tão longa espera.
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