Apesar de com o advento das novas tecnologias e da sua crescente acessibilidade os almanaques terem perdido muito da sua importância, estes autênticos guias que orientaram numerosas gerações, ainda têm um encanto especial, sobretudo entre aqueles que, mesmo por razões ancestrais, tenham alguma ligação à agricultura.
O "Borda d´Água" é certamente, o mais conhecido almanaque português e a edição de 2017 já se encontra disponível, com as típicas informações astronómicas, e mesmo astrológicas, os calendários mensais, a que acrescem a menção a diversas obrigações legais, e todo um conjunto de dizeres populares ditados pela sabedoria ancestral.
Com um reduzido número de páginas, que muitas vezes o próprio comprador tinha que separar, cortanto-as, quase sem ilustrações, que obviamente encareciam uma publicação que se queria ao alcance de todos os potenciais interessados, este almanaque tinha um público alvo óbvio, completamente distinto das muito mais dispendiosas da "Bertrand", que, ao longo de centenas de páginas ilustradas, incluiam um variadíssimo manancial de artigos sobre os mais diversos assuntos.
O "Borda d´Água" é um dos últimos exemplos de um tipo de publicação muito típica de meados do século passado, na altura de leitura quase obrigatória para aqueles que, ligados aos trabalhos agrícolas, tinha o então raro previlégio de saber ler, continuando a ter um interesse muito especial para todos quantos apreciem a História e a forma como algumas vertentes desta se perpetuam nos dias de hoje.
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