Sem grande espanto para os moradores, a colocação de pilaretes, bem como a continuação dos trabalhos, foi mais uma vez interrompida, sem qualquer justificação aparente, sem que se deva ao mau tempo, dado que esta suspensão foi bastante anterior à ocorrência de condições menos favoráveis à continuação dos trabalhos, repetindo uma situação que decorre desde o início das obras.
Naturalmente, parte do trabalho realizado perde-se com cada interrupção, sendo exemplo as vias por asfaltar ou os pilaretes cuja colocação não foi finalizada, resultando não apenas num aumento de custos, que alguém terá que suportar, mas em incómodo para todos quantos continuam a ter, por vezes durante meses, um autêntico mar de lama junto da porta.
Obviamente, estas interrupções aparentemente inexplicáveis podem, efectivamente, ter uma explicação simples, a de terminar estas obras, tal como muitas outras que decorrem em Lisboa, um pouco antes das eleições autárquicas previstas para 2017, numa manobra eleitoralista que, segundo muitos, terão evitado as anunciadas obras na 2ª Circular, cuja conclusão iria para muito após o acto eleitoral e cujos inconvenientes teriam um impacto sério nas opções dos eleitores.
Dado que os recursos que as empresas vencedoras do concurso teriam meios alocados para as obras suspensas da 2ª Circular, parece pouco plausível que algumas obras estejam virtualmente paradas dando prioridade a outras através de uma realocação de meios, pelo que a explicação mais plausível é, infelizmente, a que decorre do calendário eleitoral, independentemente dos inconvenientes causados nos residentes das zonas abrangidas.
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