A questão da formação, não apenas quanto ao comportamento do fogo, sobretudo a propagação, reacendimentos ou evolução nos vários terrenos, mas também em termos de cooperação dentro das equipas, o enquadramento numa estrutura mais alargada, a coordenação entre diversas unidades ou entidades, a capacidade de decisão e a necessidade de obediência, foram temas abordados, por estarem na origem de falhas com consequências graves.
Podemos entender as implicações decorrentes da revelação deste relatório, que, a nosso ver, deverão existir, dada a gravidade das consequências, mas, por outro lado, sem que este seja público, duvidamos que sejam implementadas as medidas necessárias para corrigir os erros mencionados e que se faça justiça, caso tal decorra dos factos agora conhecidos, alguns dos quais aparentam ser de grande gravidade.
Ocultar parte da realidade, como forma de proteger alguns dos envolvidos nas operações, e aqui incluímos das vítimas e respectivas famílias, que devem ser poupadas a alguns detalhes, e na estrutura que as supervisiona ou fornece os meios de combate, de forma alguma pode ser aceite, embora seja sempre de considerar que tudo o que não sendo relevante, possa provocar dor, não conste dos relatórios disponibilizados, sem com isso comprometer a exactidão dos mesmos e a relevância para a correcção de erros.
A ideia de que ocultar dados relevantes, que podem prevenir erros futuros, como forma de respeito para com as vítimas, é, ao contrário do que alguns pensam, uma ofensa para com os que perderam a vida, tornando o seu sacrifício inútil, ao permitir que situações semelhantes se repitam.
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