Feitas num dia em que houve novamente mortos, para além de dezenas de feridos e numerosas habitações e veículos destruídos, este tipo de afirmações é inaceitável, não sendo admissível que a estrutura política que superintende à Protecção Civil se mantenha, face ao desempenho e às próprias atitudes, que em nada contribuem para tranquilizar operacionais e as próprias populações.
A ausência da ministra da Administração Interna demonstra a sua inexistência em termos práticos, podendo apenas presumir-se que optou por não correr o risco de ser insultada ou agredida pelas populações desesperadas, a quem o Estado falhou clamorosamente e cujas falhas são intuitivamente personificadas na tutela política da protecção civil que surge como incapaz de desempenhar o cargo.
Poucos dias após ter sido revelado o relatório sobre os incêndios em Pedrogão grande e Góis, com responsabilidades a serem atribuídas às estruturas da Autoridade Nacional de Protecção Civil, incluido-se aqui as nomeações por parte do actual Governo e, consequentemente, pela actual ministra da Administração Interna, com meios reduzidos quando comparados com a máxima força do dispositivo e numa situação meteorológica adversa, este cenário era previsível.
Com as temperaturas a manterem-se elevadas, o aumento da secura dos solos implica um risco elevado e o facto de se entrar pelo mês de Outubro, no qual muitas actividades agrícolas recomeçam, e aqui a renovação de pastos deve ser incluída, o prolongar o período crítico dos fogos não resolve, nem sequer mitiga, a essência do problema, pelo que seria sempre de adoptar outras medidas, que passariam sempre pela manutenção do dispositivo num nível mais elevado, mesmo que com os custos inerentes.
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