Outras medidas, como a imposição de controles técnicos nos motociclos ou a necessidade de carta para conduzir modelos abaixo dos 125 cc, de que os automobilistas estão dispensados, poderá ter um impacto um pouco mais favorável, mas a análise das vias e introdução de correcções, sendo mais dispendioso, permitirá melhores resultados.
Melhores pavimentos, que facilitem a travagem, semáforos com detecção de velocidade ou obstáculos ao atravessamento em locais mais perigosos, como os de escassa visibilidade ou onde se circule a maior velocidade, normalmente acima do legalmente previsto, terão um impacto mais positivo, mas implicam maiores investimentos e um estudo mais atento, algo que, infelizmente, parece não ser da apetência ou vocação de muitos decisores.
Em Portugal legisla-se muito, exageradamente, contraditoriamente e com pouco rigor técnico, enquanto a aplicação das leis é descurada, sendo prova disso a inexistência de melhorias a médio prazo após a introdução da carta por pontos, e as infraestruturas são descuradas, continuando-se a verificar que predominam vias de má qualidade, muitas delas recentes e mal concebidas, não obstante os seus elevados custos.
Estamos certos de que as propostas que agora surgem, sem serem enquadradas por uma visão mais abrangente, será uma mera desculpabilização de quem pouco faz, e que poderá apresentar algum serviço e, caso os resultados sejam negativos, culpar quem supostamente não cumpre, mas nunca quem não desempenha adequadamente as suas funções, enquanto o número de vítimas continua a aumentar.
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