Sobre o número de vítimas mortais, entre 3 e 9, não obstante tal ser percentualmente significativo, a pequena variação real, que pode depender de um único acidente com maior número de fatalidades, poucas conclusões permite, carecendo de uma análise caso a caso que vai para além do simples tratamento estatístico.
A tipificação deste tipo de acidente, em termos de características do local, da hora, condições climatéricas, perfíl do condutor e da vítima, a título de exemplo, e o estudo mais aprofundado dos casos mais graves, seriam necessários para entender as razões deste aumento que, infelizmente, segue a tendência da sinistralidade viária em Portugal, da qual não pode ser isolado ou estudado separadamente.
A questão das fugas após o atropelamento deve, igualmente, ser comparada com as fugas ocorridas noutros tipos de acidente nos quais, aparentemente, não existam testemunhas, factor que, em muitos casos, é determinante para a fuga, e cujas causas devem ser analizadas por, nalguns casos, poderem traduzir realidades, como a ausência de carta, seguro ou inspecção, que podem, igualmente, estar a aumentar.
Adoptar, como é proposto, medidas avulsas, algumas com impactos profundamente negativos, como a redução da velocidade para 30 km/h nas localidades, do que resultaria um aumento da poluição e dificuldades na circulação, sendo de implementação difícil ou impossível, em nada resolve um problema comportamental, tal como não o fez a adopção da carta de condução por pontos a qual, após um impacto inicial, demonstrou não alterar comportamentos.
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