A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) encerrou os hangares do aeródromo de Ponte de Sor, em Portalegre, onde estavam a ser reparados três helicópteros Kamov Ka-32 e fez sair as equipas que procediam às reparações das aeronaves, selando-os, pelo que todas as actividades relacionadas com estes aparelhos se encontram suspensas.
A ANPC terá selado os hanagres porque a empresa russa Heliavionics, que estava a efectuar as reparações, estaria a movimentar e manipular material sem identificação do mesmo e autorização prévia, num procedimento que, segundo a Everjets, é normal ao longo dos últimos anos e terá permitido manter estas aeronaves operacionais.
Segundo a empresa Everjets, responsável pela manutenção e operação destes helicópteros pesados, esta decisão da ANPC terá impacto no prazo de conclusão dos trabalhos, "ficando impossibilitada de cumprir os objetivos e garantir a prontidão das aeronaves" os quais, portanto, poderão não estar disponíveis para o combate aos fogos neste Verão.
Estes Ka-32, incluídos num lote de 6 que, juntamente com 4 Ecureuil AS350 constituiam a frota da extinta Empresa de Meios Aéreos, resultaram de uma aquisição por parte do Estado português que esteve, desde o início, envolvida em numerosas polémicas, seja relacionadas com todo o processo de aquisição e gestão, seja pelos elevadíssimos encargos face ao nível de operacionalidade dos meios, pelo que este novo episódio já pouco pode espantar quem tenha acompanhado a totalidade do processo.
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