São apontada falhas sobretudo a nível de coordenação e comando, com responsabilidades a serem imputadas à ANPC, a nível nacional e distrital, sendo destacada a subsituição de comandantes poucos meses antes do início da época mais crítica dos fogos, mas também no respeitante aos sistemas de comunicações e à falta de operacionalidade destes, sobretudo devido à falta de redundância.
A EDP-Distribuição recusou qualquer responsabilidade nos fogos, contrariando o relatório que aponta como origem de o fogo da Lousã, que alastrou a outros concelhos, o contacto entre linhas eléctricas e árvores, por falta de limpeza, com a empresa a disponibilizar os relatórios dos sistemas de monitorização onde esta possibilidade é negada, recusando qualquer tipo de negligência ou falta de cumprimento de regulamentos ou a nível contratual ou legal.
Também a excepcionalidade da situação, incluindo o fogo piroconvectivo, onde a velocidade do mesmo ultrapassa a do vento, num fenómeno natural que terá tido a maior amplitude a nível europeu em Portugal, durante este fim de semana, é detalhada, reforçando a ideia de que mesmo uma defesa adequada seria extremamente difícil e o sucesso improvável.
Mesmo admitindo que o combate seria extremamente complicado, nalguns casos impossível, tal não invalida que se este tivesse sido efectuado com mais meios e uma melhor organização, os resultados seriam melhores, minimizando a perda de vidas humanas e a destruição de bens materiais e aqui a recusa dos meios adicionais solicitados pela ANPC por parte do Governo merece especial censura.
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