Esta flagrante falta de comunicação por parte da ANPC revelou-se trágica, não se tendo verificado alertas para as populações, nem sequer a adopção de medidas que antecipassem o sucedido, como pré-posicionamento de meios ou pré-supressão, sendo certo que os meios disponibilizados e o esforço realizado durante um Verão particularmente complexo, tinham enfraquecido o dispositivo, parcialmente desmobilizado antes dos incêndios de Outubro.
Também o Governo, ao recusar um conjunto de meios de reforço, é critícado neste relatório, em parte por ter desmobilizado um vasto conjunto de meios no termo da "Fase Charlie", sem ter em conta as previsões existentes, mas também por ter recusado pedidos de meios que estivessem disponíveis num período de muito alto risco.
A ANPC solicitou de uma vez 6 aviões médios, de outra 4 helicópteros, sem qualquer resposta, e pediu um total de 105 equipas de combate a incêndios florestais, tendo sido autorizadas apenas 50, tendo a falta de meios aéreos sido particularmente relevante a partir do nascer do Sol de dia 16, altura em que a necessidade de conter as chamas através de uma acção musculada era absolutamente essencial.
A falta de aviso às populações, e é de recordar que houve quem morresse na própria casa, possivelmente sem se aperceber da aproximação do fogo, também foi criticada severamente criticada no relatório, tal como a não utilização dos meios policiais nesta acção que poderia ter evitado a perda de vidas humanas, mesmo que perdendo-se os bens.
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