Sabia-se que o ajuste directo de 28 helicópteros ligeiros para combate aos incêndios, efectuado muito tardiamente e após processos concursais falhados, consubstanciava um negócio particularmente desastroso para o Estado, mas um aumento de 47% face ao ano anterior dificilmente seria previsível.
Este processo, que se arrasta há vários meses, prometia revelar-se desastroso, piorando à medida que o tempo passava e os meios disponíveis no mercado escasseavam, do que resulta, inevitavelmente, um substancial aumento do preço, por um lado, e uma diminuição das penalizações em caso de incumprimento, por outro.
A conjugação destes factores, uma imposição das empresas que prestam o serviço contratado numa fase em que, pela falta de alternativas, tinham uma capacidade negocial esmagadora, terminou com um conjunto de falácias, que ao longo de meses foram utilizadas para conferir a um processo que se antevia desastroso uma aparência de normalidade e a possibilidade de um sucesso em que quem conhece este mercado, se recusava a acreditar.
Era óbvio que, fracassado o primeiro concurso, em consequência dos valores oferecidos pelo Estado, com o aproximar do período em que os meios seriam necessários, os preços iriam subir, e que as anunciadas requisições civis e processos judiciais não passavam de uma falsa argumentação, efectivamente inaplicáveis do ponto vista prático e mesmo na sua vertente legal.
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