Admitimos que, embora estando certos de que o processo, que seguimos desde o seu início, seria financeiramente desastroso, dificilmente poderiamos admitir que o aumento verificado se aproximasse dos 50%, espelhando bem as consequências para o erário público deste misto de irrealismo e de más práticas negociais, prolongando um processo que, com o passar do tempo, inevitavelmente, mesmo intuitivamente, se tornaria cada vez favorável aos fornecedores do serviço.
Para além de uma análise do Tribunal de Contas, este ajuste directo merece não apenas uma análise atenta, mas ser objecto de estudo, por encerrar uma longa sequência de erros e poder constituir como um exemplo de como não se negociar a adjudicação de um serviço, esperando-se que permita evitar a repetição do mesmo tipo de erros no futuro.
Os argumentos utilizados, que variaram ao longo de um processo que se arrastou ao longo de meses, a adjudicação de um conjunto de meios que não correspondem à intenção inicial, aparentando ser o que interessava às empresas envolvidas, os montantes previstos e pagos, a redução de penalizações ou a questão de anunciados processos e requisições, terão que ser investigados, por manifestamente não estarem de acordo com os propósitos iniciais e, aparentemente, servirem mal o interesse público.
Infelizmente, este é apenas um processo visíveis e escurtináveis de entre muitos que o Estado promove, a maioria dos quais envolvendo montantes muito inferiores, mas que no total representam somas elevadas, e que, sendo conduzidos, mesmo que em pequena percentagem, como o que levou à adjudicação destes meios aéreos, representam uma enorme perda para os contribuintes, que suportam os custos resultantes de más negociações através dos seus impostos e sacrifícios.
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