Desta forma, a actual estrutura accionista, Altice, Estado e Motorola, representa em sí um entrave ao melhoramento do sistema ou à sua completa substituição por uma plataforma baseada nas tecnlogias mais recentes, implementando um conjunto de funcionalidades a que todos estamos habituados nos nossos terminais inteligentes e que, infelizmente, os modelos adoptados pelo SIRESP, na sua configuração actual, não suportam.
É de notar que, quase certamente, nenhum de nós aceitaria contratualizar um serviço com o conjunto de funcionalidades prometidas pelo SIRESP, e que, efectivamente, não estão presentes numa situação de crise, sem que tal tenha as implicações proporcionais ao prejuízo causado, como resultado de uma contratação que coloca o Estado numa situação de flagrante desvantagem, enquanto remunera de forma régia os privados, que obtêm uma rentabilidade muito superior ao que se pode considerar justo, mesmo em caso de funcionamento exemplar e com todas as funcionalidades necessárias.
Tendo em conta o desempenho geral do SIRESP, com todas as limitações existentes e que resultam da sua concepção e estrutura, o investimento nesta solução parece-nos inadequado, semelhante ao que seria continuar a gastar dinheiro num automóvel dos anos noventa e esperando que, caso se gastasse o suficiente, pudesse competir com os modelos actuais, algo que, diz-nos a experiência e o bom senso, nunca poderá acontecer.
Desde o seu início que o SIRESP se encontra envolto em polémicas, que abrangem toda a vertente contratual e legal, para além do seu desempenho, sempre associado a um conjunto de protagonistas, alguns dos quais ainda permanecem na vida política, e que, para além de não contribuirem para a resolução deste problema, não são responsabilizados pelos prejuizos causados e que, prevemos, se continuem a avolumar, dado o eternizar deste longo processo.
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