Não obstante os trabalhos de prevenção efectuados ao longo do ano e o estabelecimento de uma lista com um conjunto de locais de maior risco, entre os quais se encontra a serra algarvia, foi impossível controlar com rapidez o incêndio que devastou o concelho de Monchique, alastrando a concelhos vizinhos, não obstante o vasto número de meios envolvidos.
Mais de um milhar de efectivos, apoiados por mais de duas centenas de viaturas e, durante o dia, por um conjunto importante de meios aéreos, não puderam, e provavelmente tal seria impossível, deter as chamas estes já perto de 3 dias, as quais foram alastrando pelas serra algarvia, estimando-se que tenha destruido entre 15.000 e 20.000 hectares de áreas florestais e de matos.
Este incêndio veio recordar o que ocorreu em 2003, 15 anos atrás, que provocou uma enorme devastação, cujas consequências foram deixando de ser visíveis ao longo dos anos, mas sem que, durante este processo, se tenham verificado mudanças estruturais que prevenissem um rápido evoluir das chamas, com as trágicas consequências que conhecemos.
As mudanças necessárias não podiam, naturalmente, decorrer do sucedido em 2017, por impossibilidade de efectuar todos os trabalhos necessários em escassos meses, mas, caso tivessem feito parte das replantações e alterações efectuadas na sequência dos fogos de 2013, muito poderia ter sido feito e estariamos hoje diante de um cenário completamente diferente e muito mais resistente aos fogos, que não dificultassem, ou impossibilitassem um combate mais eficaz.
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