A manifestação de confiança nos bombeiros, excluindo a LBP é, naturalmente, uma forma de tentar provocar divisões, mas será contraproducente, sendo óbvio e imediato que os bombeiros irão ficar solidários com as suas organizações e não com um Governo cujas declarações demonstram falta de respeito, podendo considerar-se insultuosas.
Aliás, alguns dirigentes políticos, que manifestamente ignoram a realidade do sector tentaram seguir este tipo de abordagem, excluindo a LBP, enquanto os mais sensatos, que conhecem a realidade nacional, optam pela via do diálogo, sabendo que hostilizar os bombeiros, mesmo quando estes incorram em atitudes discutíveis, será sempre de evitar, agravando uma situação já de sí muito complexa.
Não escutando os bombeiros, e fazendo as cedências razoáveis que serão essenciais à manutenção de uma relação equilibrada, gera-se uma noção de tentativa de imposição, e mesmo de humilhação, por parte do Governo, dificultando ou, no limite, impossibilitando qualquer diálogo até que exista uma mediação adequada ou um recuo por parte de quem impôs as suas opções, algo que, infelizmente, pelo comportamento arrogante que tantas vezes demonstra, será improvável.
Prevemos que irá haver uma mediação por parte da Presidência da República, cedências por parte do Governo e, eventualmente, a queda de alguns dirigentes políticos, que noutro país incluiriam o ministro da Administração Interna e a cúpula da ANPC, e que a pressão dos bombeiros voluntários, que em Portugal tem um papel único, irá fazer vingar o essencial das suas reivindicações, nomeadamente na vertente organizativa, eliminando a maioria das alterações que os diplomas aprovados em Outubro pretendiam introduzir.
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