A morte de um número indeterminado, mas muito elevado, de animais num canil clandestino em Santo Tirso merece uma análise e crítica ao comportamento das autoridades e da autarquia, que parecem demasiadamente comprometidas com uma actividade manifestamente ilegal, numa teia complexa que, sem dúvida, será apurada nas investigações que terão lugar.
O canil estava identificado, devidamente referenciado, foi alvo de diversas denúncias e a sua ilegalidade era conhecida por todos, incluindo a autarquia, devendo-se mencionar aqui o veterinário municipal, as autoridades policiais e o próprio Ministério Público, pelo que é impossível alegar desconhecimento da existência do canil e das condições de operação do mesmo.
Por outro lado, o incêndio foi-se propagando na direcção do canil em causa, e de outros onde o salvamento foi permitido pelos proprietário, pelo que, havendo autorização, o salvamento dos animais poderia ser efectuado de forma atempada, sem riscos para quem participasse na operação, a qual poderia, naturalmente, ser interrompida caso as condissões se modificassem.
Portanto, não estamos diante de uma situação em que se fossem colocar vidas humanas em risco para salvar os animais aí presos e que a proprietária do canil não aceitou libertar, para que pudessem fugir das chamas, condenando-os a uma morte horrível, à qual era, manifestamente, indiferente.
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