A INEOS anunciou que ia suspender a construção de chassis do seu futuro modelo "Grenadier" em Estarreja, justificando a decisão com a queda de vendas de veículos automóveis como consequência da actual pandemia, concentrando a totalidade da produção na fábrica de Cardiff, no País de Gales.
Esta decisão, que já foi lamentada pela autarquia local, que contava com esta nova fábrica, a qual representava um investimento de 300.000.000 de Euros no concelho e a criação de centenas de novos empregos, para além de potenciar a economia da região, é fácil de entender, face ao risco de um investimento desta monta na altura em que o mercado automóvel se contrai entre 20 e 30%, mas representa um severo golpe para o concelho.
Com o Reino Unido a abandonar a União Europeia e uma manifesta contração do mercado, aliado a uma falta de controle da pandemia em Portugal, que embora incidindo na região de Lisboa, afecta a credibilidade nacional, facto agravado pela falta de consistência e transparência dos dados, a decisão da INEOS era uma possibilidade real, que muitos tentavam ignorar face ao impacto regional que teria.
Assim, e enquanto não houver uma nova decisão, algo que depende de um conjunto de factores, alguns dos quais mencionamos, o "Grenadier" será produzido unicamente no País de Gales e em números inferiores ao inicialmente previsto, esperando-se que com a recuperação do mercado a possibilidade de produzir componentes para este modelo em Estarreja volte a ser equacionada.
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