Passou uma dúzia de anos e a inesquecivel Gatochy continua presente não apenas em recordações, mas em muitos objectos que ainda subsistem, alguns dos quais porque foram sua pertença, outros porque deles se apropriou ou usufruia, assumindo sobre estes direitos que considerava inquestionáveis.
Gatochy, seja porque foi o felino que mais tempo residiu nesta habitação, seja porque foi o primeiro a fazê-lo, acabou por estabelecer não apenas uma tradição, mas um conjunto de hábitos e procedimentos que se prolongaram nos vários gatos que lhe foram sucedendo, inevitavelmente após esta gatinha única e incapaz de partilhar ter partido para o paraíso dos gatos que odeiam outros gatos.
Com uma vida aventurosa e arriscada, que durou 13 anos, Gatochy foi fonte de inspiração, levando à escrita do seu diário, onde é descrito o Mundo, tal como visto pelos olhos de um pequeno felídeo que dele faz uma interpretação muito própria, limitada pelos constrangimentos inerentes à sua condição, mas que, nem por isso, deixava de ter uma opinião viva sobre tudo o que a rodeava ou de que tinha conhecimento, mesmo que indirecto.
Todos os anos, no dia 07 de Julho, pelas 01:15, hora a que partiu, é prestada a devida homenagem a esta gatinha muito especial, com características únicas, entre estas um feitio particularmente delicado, pouco dada a confiança com estranhos e demasiadamente ciumenta para permitir algum tipo de aproximação da sua área de residência, mas que tinha um enorme coração, dedicado em exclusivo aos poucos que nele tinham lugar.
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