Às atitudes dos decisores temos que adicionar as manifestas falhas na contagem de infecções, sendo agora revelado que nem todas as parcelas são contabilizadas, faltando as que são provenientes por diversos laboratórios, hospitais e médicos, que, mesmo que venham a ser posteriormente acrescentadas, por serem adicionadas nos dias dos respectivos testes, irão passar algo desapercebidas por se juntarem a dados do passado.
Mas, na verdade, e como o número de testes diminuir, algo completamente absurdo, dado que seria a seguir ao desconfinamento, como forma de aferir do efeito de uma maior liberdade de movimentos na propagação da doença, que estes seriam mais necessários, existe uma cifra negra que desconhecemos, sendo certo de que poderá incluir um substancial número de assintomáticos, mas também o início de cadeias de transmissão cuja origem se desconhece.
Portanto, se mesmo com os números oficiais Portugal está, com a Finlândia e o Luxemburgo, entre os países onde o vírus se propaga com maior velocidade, se fossem adicionados todos os casos que continuam por contabilizar podemos estar diante de um problema muito mais sério do que as autoridades querem admitir e que tentam justificar com argumentos absurdos, cientificamente errados e, demonstradamente, irreais face aos dados existentes.
Com áreas do Algarve virtualmente invadidos por jovens em viagens de finalistas, sem adoptar quaisquer precauções, podendo comprometer a segurança dos residentes e propagar o vírus, em Portugal ou no seu país de origem, ignorando-se se casos que se verifiquem localmente irão ser tratados nos hospitais da região algarvia, a imagem que passa para o exterior é de caos e de quem está disposto a correr todos os riscos para recuperar a actividade turística.
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