Também o prazo desta medidas levanta muitas dúvidas, sendo óbvio que os quinze dias de que falou o primeiro-ministro não passa de um eufemismo, uma forma inábil de esconder o facto de o período ser muito mais longo e, muito provavelmente, abranger a época natalícia e a passagem de ano, cujo festejo seria o prémio pelo bom comportamento dos portugueses, mas que, logicamente, não serão celebrados este ano.
Por outro lado, o tipo de excepções, que, para além do trabalho, aulas e situações de urgência, como assistência a familiares, incluem passear animais de estimação e os "passeios higiénicos" na zona de residência, levantam questões, sendo óbvio que qualquer excepção pode abrir portas a abusos, sobretudo quando as restrições são de dificil compreensão.
Fica igualmente por responder quais as medidas para minorar os impactos em áreas já tão prejudicadas, como o comércio e a restauração, sendo certo que muitas empresas não poderão sobreviver sem apoios e um número elevado irá fechar defenitivamente ao serem privados de grande parte das vendas do periodo natalício, essencial para a sobrevivência de muitos estabelecimentos comerciais.
Também os problemas existentes nos transportes públicos, que o Governo insiste em ignorar, ou nos estabelecimentos de ensino, onde os critérios de testagem são mais que discutíveis, e nos acessos dos quais se verifica um franco incumprimento das normas de segurança, sendo visíveis ajuntamentos de dezenas de estudantes sem máscara e sem manter a distância social.
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