Para simplificar, e porque o nosso objectivo não é efectuar cálculos para os quais não dispomos de valor rigorosos que justifiquem operações mais complexas, imaginemos que metade das vacinas adquiridas tem uma eficácia de 60% e a outra metade oferece 90% de protecção, isto de acordo, naturalmente, com os estudos entregues pelos fabricantes.
Neste exemplo, haveria 75% de imunização no universos de quem foi vacinado e que, no nosso exemplo, corresponde a 70% da população, pelo que, em termos brutos, tal se irá traduzir em 52.5% do universo de indivíduos, aos quais se deve adicionar, de forma directa, os 10% que consideramos imunizados de forma natural, tal como estabelecemos neste exemplo.
Assim, teriamos uma taxa de imunização efectiva que em pouco ultrapassa os 60%, ficando substancialmente abaixo dos 70% estimados necessários para quebrar as cadeias de transmissão, pelo que, mesmo que em menor número e de forma mais controlada, estas, pelo menos em teoria, continuariam a existir, impactando directamente os quase 40% ainda vulneráveis.
Naturalmente, o recurso a vacinas que garantam uma eficácia abaixo dos 70% parece-nos inadequado, sendo uma muito fraca alternativa, porque, mesmo que toda a população fosse vacinada, não se alcançaria a imunidade de grupo, podendo criar situações ilusórias de segurança, levando muitos a comportamentos de risco.
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