O modelo apresentado, que foi consubstanciado no célebre quadrado, com dois eixos, e uma variação de cores, desde o verde ao vermelho, pode ser fácil de entender, mas é de tal forma simplista e redutor que, inevitavelmente, sendo escrupulosamente respeitado, levará a situação absurdas e à paralesia da economia, já hoje devastada pelas restrições.
Sempre preferimos um conjunto de métricas mais completo, com iterações, e cujo resultado seja transferido para um valor, somatório das pontuações dos diversos factores, que, sendo comparado com uma escala, determinará qual o caminho a seguir, podendo os critérios serem actualizados, de forma dinâmica, de acordo com a evolução do conhecimento sobre esta matéria.
Da excessiva simplificação irá, naturalmente, resultar a impossibilidade de introduzir, mantendo o mesmo modelo, novos critérios, ou alterar os existentes, sem que disso decorra uma perda de confiança num sistema onde, por ser tão simples, qualquer modificação, mesmo que justificada, se traduz pela perda de autoridade do Estado e da confiança das populações no modelo estabelecido.
Quando insistimos no recurso a métricas, e fazemo-lo quase desde o início da implementação de medidas de contenção, insistimos sempre para que o modelo a utilizar traduzisse o mais aproximadamente possível a realidade, mesmo que disso resulte a complexidade inerente ao seguimento de múltiplos factores, certos de que, pior do que não existir um modelo, é recorrer a modelos errados que, no limite, apenas dão força a erros, transformando-os numa espécie de pseudo ciência, agora com contornos oficializados pelo Estado.
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