Uma primeira falha nestes números, é óbvia, dado que o facto de haver serviço 5G disponível não resulta, imediatamente, no acesso por parte de quem se encontre nessa área de cobertura, dependendo de dispor de um equipamento compatível, algo que, actualmente, corresponde a uma minoria dos utilizadores de redes móveis, pelo que, podendo haver dois terços de utilizadores, o mais provável é que na verdade, nem metade o possa fazer.
Por outro lado, a robustez da rede, ainda em fase de implementação, não garante a mesma disponibilidade de outras redes, já estabilizadas, pelo que acresce uma substancial diferença entre a teoria e a prática, com o 5G a não estar efectivamente disponível, e menos ainda de forma permanente, nas zonas nominalmente abrangidas, do que decorre que a nova rede pode ser utilizada, efectivamente, por um muito menor número de utilizadores do que os anunciados.
Desta forma, o número de utilizadores efectivos do 5G, para além de ser, certamente, baixo em termos percentuais, não sendo de espantar que menos de um quarto dos residentes em território nacional o possam fazer de forma consistente, com esse número a concentrar-se nos grandes centros urbanos e franjas do Litoral, enquanto no Interior e, sobretudo em zonas montanhosas, poucos consequirão usar a nova rede.
Também será nessas zonas mais deprimidas que os equipamentos mais recentes serão mais escassos, não apenas porque são mais dispendisos, mas porque as populações, mais idosas, serão menos propensas ao uso de novas tecnologias e o facto de o acesso à rede móvel ser mais lento, com as ligações a oscilar entre o 3G e o 4G, dificilmente justificam investir em dispositivos de melhor qualidade, dado que as suas funcionalidades não serão exploradas em pleno.
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