Portanto, considerar o 5G como uma alternativa real, sobretudo no Interior do país, é completamente errado, com os números recentemente divulgados, como a presença na totalidade dos municípios e a abrangência de perto de dois terços da população, a servirem apenas como forma de justificar o termo do 3G, dando a ideia de que existe uma rede alternativa, algo que, objectivamente, consideramos não existir quando o 3G acabar, mesmo que o 2G possa subsistir de forma mais ou menos residual.
Objectivamente, com uma fraca implementação do 5G no Interior e uma escassa disponibilidade de equipamentos compatíveis, a nova rede não via suprir, sobretudo em situações mais críticas, a falta do 3G, que, em muitos casos, continua a ser usado como alternativa à rede 4G, nem sempre acessível ou disponível, sendo também incerto quantos telemóveis antigos, destinados ao 3G, ainda estão em uso.
Estranhamos a falta de interesse da comunicação social, sem o que estas situações são ignoradas, bem como de partidos políticos que, estando na oposição, pretendam contestar a acção governativa, mesmo que indirectamente, enquanto tutela política, sendo óbvio que apenas após o desligar do 3G, e caso disso decorram consequências graves, este assunto terá algum relevo, algo que os inconvenientes para as populações afectadas, nitidamente, não tem merecido.
Continuaremos a acompanhar este processo de transição, que implica, embora de forma não explicita, trocar o 3G pelo 5G, com o 4G a assegurar a continuidade das comunicações móveis, mantendo que estamos diante de uma situação potencialmente perigosa, quase certamente injusta para muitos, e com consequências difíceis de prever, mas que, no limite, podem ter consequências desastrosas, resultando no isolamento de populações e com impacto negativo no socorro, não se conhecendo medidas que possam mitigar a situação.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário