Era absolutamente previsível a abertura de um inquérito na sequência da morte de um homem, que ocorreu numa estação de serviço, no Algarve, após uma longa espera por um meio de socorro, tendo sido impossível contactar o socorro, através do número 112, durante um período que se estima em uma hora.
Tanto os familiares como os funcionários da estação de serviço tentaram o contacto que permitisse accionar os meios de socorro, mas foram-se deparando com uma gravação, sem que as chamadas fossem atendidas por um operador e, tanto quanto se sabe, não terão procurado outra forma de contacto, como um quartel de bombeiros ou entidade policial das proximidades.
Quando os meios de socorro chegaram, apesar os esforços dos familiares e funcionários presentes, que recorreram a procedimentos de suporte básico de vida, não obstante a acção de uma equipa diferenciada, que procedeu a manobras de suporte avançado de vida e procedeu ao transporte para o hospital, não foi possível salvar esta vítima, cujo óbito foi confirmado em meio hospitalar.
Não podemos, neste altura, estabelecer que a morte resultou das demoras no socorro, admitindo-se que esta pudesse vindo a ocorrer mesmo que os meios fossem prontamente enviados, mas a demora registada, para além de inaceitável, levanta toda uma série de questões quanto ao sistema de socorro, neste caso concreto, quanto ao atendimento da linha de emergência.
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