Este foi um caso que terminou de forma trágica, tendo sido impossível salvar a vida desta vítima de uma paragem cardio-respiratória, mas um inquérito sério tem que ir mais longe, apurando a real situação do atendimento, sendo quase certo que esta demora não é um caso único, merecendo destaque pelo desfecho final e pela denúncia pública.
Efectivamente, estamos absolutamente convictos de que esta é uma situação recorrente, tipicamente com consequências de menor gravidade, e que um inquérito sério irá encontrar outras ocorrências em que os tempos de atendimento excederam em muito não apenas o que se considera razoável, mas também aqueles que permitem um socorro eficaz e seguro, recorrendo aos meios adequados à situação específica.
São vários os casos reportados que descrevem atrasos no atendimento de chamadas por parte das centrais do 112, estando disponíveis estatísticas que apontam para tempos de resposta que excedem o recomendado, havendo situações onde as demoras ultrapassam tudo o que pode ser aceitável, mas ligações de causalidade entre o tempo de atendimento e o desfecho final são complexas e tendem a desvalorizar os atrasos.
No entanto, mesmo sendo difícil estabelecer para cada caso concreto as consequências de um atraso, existem estatísticas que relacionam demoras no socorro e fatalidades, pelo que, podendo ser impossível apontar casos ou situações específicas, pode ser estabelecido o tipo de consequências que, inevitavelmente, vão resultar das demoras, sendo óbvio que tem que haver responsabilização.
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