Muitos, como nós, terão recebido no passado Domingo uma mensagem de alerta enviada pela Protecção Civil, salientando a previsão de condições meteorológicas de que resultava um elevado risco de incêndio para os dias seguintes realçando a necessidade de evitar o uso do fogo em áreas florestais.
Esta situação tem sido comum, mesmo no período que se segue ao dia 15 de Setembro, o qual, quando as condições climáticas o propiciem, tem sido particularmente complexo em termos de fogos, numa altura em que os terrenos estão particularmente secos, no seguimento das elevadas temperaturas do Verão, e se tende a verificar ventos fortes, do que resultam condições muito propícias ao rápido alastrar das chamas, inclusivé durante a noite, já que as temperaturas tendem a manter-se relativamente elevadas.
Todos nos lembrarmos dos terríveis fogos que ocorreram em Outubro de 2017, o mesmo ano dos incêndios de Pedrogão Grande, e que devastaram grande parte da zona centro do País, numa altura em que, anos atrás, era improvável a ocorrência de múltiplos fogos de grandes dimensões, sendo esta uma tendência que se tem vindo a agravar nos últimos anos, como resultado das alterações climáticas e de razões conjunturais que se mantêm, agora potenciadas pelas mudanças no clima.
Aliás, foram feitas comparações com o sucedido em Outubro de 2017, que não fazem sentido, porque a passagem do furacão Ofélia teve um efeito determinante, enquanto na situação actual os causas são comuns, resultantes da combinação de factores a que se alia uma grande disponibilidade de combustíveis e uma certa arrogância, que terá na origem uma diminuição da área ardida nos últimos anos.
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