A descida de temperatura anunciada para os próximos dias, sendo absolutamente normal e expectável nesta época do ano, vem por em evidência as fragilidades de um país dito de temperatura amena, mas cujas residências e mesmo o vestuáriodos residentes são incompaíveis com o frio, mesmo considerado à escala de um país do Sul da Europa, encostado a um oceano.
Ao tempo frio associam-se, inevitavelmente, gripes e outras infecções respiratórias, as quais potenciam outras enfermidades ou fragilidades, que tanto podem ser consequências de doenças existentes ou da condição física individual, que pode ser particularmente fraco no caso dos idosos ou ser inerente ao desenvolvimento no caso dos muito jovens.
Do aumento de solicitações feitas aos serviços de saúde, cujas limitações todos conhecemos, resultam inevitáveis atrasos no atendimento, que resultam, em muitas casos, em doenças graves ou situações fatais, incidindo sobretudo nos grupos mais vulneráveis e que, pela sua condição económica, não têm acesso a cuidados de saúde em instituições privadas, onde os cuidados serão, tipicamente, prestados num espaço de tempo adequado à situação individual.
Face às temperaturas baixas que se avizinham, é absolutamente necessário que os mais vulneráveis sejam protegidos, incluindo-se aqui tanto os que são frágeis devido à sua condição física, como aos que o são por questões sociais, como os sem abrigo ou aqueles que residem em habitações sem condições de aquecimento adequadas, algo que, infelizmente, é um padrão neste país, situação agravada pelo elevado preço da energia, que impede o uso de aquecedores ou outras fontes de calor seguras.
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