Cremos que esta é a lamentável resposta do PS à proposta do Partido Social Democrata, apoiada pelo Chega, que visa evitar as inspecções periódicas obrigatórias para motociclos com cilindrada superior a 125 cc, no que parece ser uma luta pelos votos dos motociclistas, com os vários partidos a fazerem as suas ofertas, independentemente das consequências que daí possam advir.
Aliás, temos muitas dúvidas que muitos motociclistas avaliem de forma positiva este tipo de medidas, que na prática podem ser virtualmente inaplicáveis, e que os coloca em risco e à mercê daqueles que, pela sua falta de prudência, por vezes aliada à pressa que resulta da pressão para a realização de deslocações rápidas, como os que se dedicam a entregas, e pode resultar numa maior desconfiança face a quem conduz motociclos e ao aumento dos prémios dos seguros.
Em vez de propor melhorias estruturais, preparando novas estratégias e políticas rodoviárias, medidas avulsas, com fins eleitoralistas, que colocam em perigo todos os utentes das vias, parecem ser uma opção simples, ou simplória, para quem compete por votos sem olhar a meios e sabendo que, no caso de das medidas por sí aprovadas resultem consequências gravosas, nunca serão por isso responsabilizados.
Quem cria condições para que aumente o número de acidentes, criando legislação que aumente o perigo rodoviário, não deve apenas ser responsabilizado politicamente, dado que face à gravidade do que se pode considerar mais do que uma negligência grosseira, a responsabilização criminal devia ser devidamente equacionada, com tudo o que tal implica para os decisores que as concretizem.
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