Naturalmente, só através de uma extensa rede de cumplicidades, incluindo dentro de orgãos do Estado, é possível desenvolver o que o Ministério Público considera ser uma actividade criminosa, onde crimes tão diversos como associação criminosa a branqueamento de capitais, passando por abuso de poder estão presentes e necessitam de ser devidamente investigados e, caso existam, provados.
Também é de notar que este prolongar dos processos concursais e aumento dos preços têm efeitos operacionais, com atraso na operacionalização dos meios ou redução do número de aeronaves disponíveis, tendo um efeito directo nas operações de combate aos fogos e podendo implicar desde um maior risco para os operacionais a uma maior extensão da área ardida, com tudo o que isto implica.
Assim, o conjunto de crimes já conhecidos pode ser facilmente ampliado, dado que os envolvidos terão, necessariamente, de ter a noção de que dos seus actos decorrem consequências que vão muito para além das que versam a parte financeira do negócio, com os crimes associados, passando para outra dimensão, que, podendo ser de prova mais difícil, merece ser devidamente equacionada pelo Ministério Público.
Desde há muito que os negócios envolvendo meios aéreos para combate aos fogos, bem como para outras missões ligadas ao socorro, levantam muitas suspeitas, e podemos recuar até ao período onde a Empresa de Meios Aéreos e os helicópteros Kamov Ka-32 foram protagonistas de inúmeras polémicas e abranger todo o período de tempo que nos leva aos dias de hoje para nos depararmos com situações suspeitas ou inexplicadas, com consequências prejudiciais para o erário público e para as operações de combate aos fogos.
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