Recentemente os produtos oriundos do Extremo Oriente, nomeadamente da China e da Coreia, começaram a invadir a Comunidade Europeia, revolucionando os hábitos de consumo de milhões de europeus e lançando sérias questões relativamente à produtividade das empresas. A rápida aceitação destes produtos deve-se, em primeiro lugar, a um preço extremamente competitivo, muitas vezes sacrifícando uma qualidade que, apesar de tudo, tem vindo a melhorar.
Também na área dos opcionais para veículos o todo o terreno, os produtos orientais têm começado a implantar-se no mercado, começando por cintas, passando pelos high-lifts e terminando nos guinchos eléctricos e hidráulicos. Em países da Europa Central, como na Alemanha, marcas como a Runhua Winch começam a popularizar-se, com uma gama variada e preços arrasadores, que muitas vezes se aproximam de dois terços dos praticados pela concorrência. A título de exemplo, por menos de 500 Euros, pode-se adquirir um modelo de 9.000 Lbs e ligação a 12 V, com comando remoto como o da imagem.
O objectivo desta introdução não é o de comentar o produto em sí, mas sobretudo um mercado que em Portugal ainda necessita muito de se desenvolver para atingir os preços praticados nos nosso congéneres europeus, permitindo assim o desenvolvimento local e o pagamento de impostos dentro do nosso País.
Infelizmente, tem-se verificado que, quer devido a uma carga fiscal excessiva, quer a uma mentalidade de muitos empresários que imaginam ser possível construir um negócio de sucesso lucrativo em poucos meses, e à própria dimensão do mercado, os preços se tornam de tal forma proibitivos que a única opção razoável é a de adquirir os equipamentos e peças mais dispendiosas no exterior, limitando dessa forma as possibilidades de sucesso das empresas que continuam incapazes de se adaptar a um Mundo globalizado.
É provável que em breve possamos assistir já não a empresas mas a associações informais de compradores a importar produtos de forma a obter preços mais favoráveis enquanto dividem custos de transporte, manuseamento e outros, contornando completamente os esquemas normais de comércio. Talvez não seja fácil para um conjunto de indivíduos, mas para uma associação ou um clube com alguma representatividade, mesmo que sem carácter ou objectivos lucrativos, pode ser um caminho a seguir enquanto presta um serviço aos seus associados.
Fica aqui o desafio às empresas portuguesas para que comecem a praticar preços compatíveis com os das suas congéneres europeias ou, em alternativa, aos consumidores, no sentido de se associarem e encontrarem soluções que permitam adquirir bens e produtos a preços justos.
terça-feira, setembro 27, 2005
Negócios da China
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