quinta-feira, novembro 09, 2006

Os riscos dos acessos WiFi anónimos nos jardins de Lisboa


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Placas para acesso WiFi

Conforme noticiamos, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) disponibiliza acessos gratuitos à Internet em diversos jardins da capital.

Esta iniciativa louvável apresenta, no entanto, alguns riscos que convém expor, pelo que manifestamos à CML a nossa preocupação com o anonimato no acesso disponibilizado.

Como será do conhecimento de muitos dos nossos leitores, todos os acessos públicos à Internet, como os "cybercafés" ou os "kiosks" dos Correios, são sugeitos a regulamentação própria, que os obriga a identificar quem utiliza os computadores e manter um registo dos "sites" visitados.

Mesmo sabendo que este controle é difícil e que razões económicas limitam a acção dos proprietários, a maioria dos espaços públicos tem implementado um conjunto de medidas de controle que desencoragem quem pretenda praticar crimes recorrendo ao anonimato que aqui podem usufruir.


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Endereços de uma placa de rede

Infelizmente, no acesso que é facilitado pela CML em conjunto com empresas de telecomunicações, basta uma placa WiFi para poder navegar sem identificação, podendo assim aceder, por exemplo, a "sites" de pedofília, com ligações a grupos terroristas ou dedicados à promoção das mais diversas actividades criminosas ou, pura e simplesmente, dedicando-se a "downloads" ilegais ou à pirataria de "software".

É, no entanto, possível identificar os utilizadores, obrigando cada um a um pequeno registo com base no endereço físico da placa de rede utilizada, habitualmente designado por "media access control" (MAC), constituindo assim uma base de dados capaz de relacionar o historial com o proprietário do equipamento.

Desta forma, só os equipamentos cujo número de placa estivesse registado junto da CML ou de um dos operadores que fornecem o acesso, poderiam navegar fora de um conjunto de "sites" pré-determinado, sendo que qualquer tentativa de acesso fora destes levaria a uma página com as intruções necessárias ao registo.

Deste risco, já alertamos a CML, esperando que sejam implementadas medidas que permitam identificar os utilizadores de um serviço gratuito que, repetimos, é particularmente benvindo.

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