Esta iniciativa louvável apresenta, no entanto, alguns riscos que convém expor, pelo que manifestamos à CML a nossa preocupação com o anonimato no acesso disponibilizado.
Como será do conhecimento de muitos dos nossos leitores, todos os acessos públicos à Internet, como os "cybercafés" ou os "kiosks" dos Correios, são sugeitos a regulamentação própria, que os obriga a identificar quem utiliza os computadores e manter um registo dos "sites" visitados.
Mesmo sabendo que este controle é difícil e que razões económicas limitam a acção dos proprietários, a maioria dos espaços públicos tem implementado um conjunto de medidas de controle que desencoragem quem pretenda praticar crimes recorrendo ao anonimato que aqui podem usufruir.
Endereços de uma placa de rede
É, no entanto, possível identificar os utilizadores, obrigando cada um a um pequeno registo com base no endereço físico da placa de rede utilizada, habitualmente designado por "media access control" (MAC), constituindo assim uma base de dados capaz de relacionar o historial com o proprietário do equipamento.
Desta forma, só os equipamentos cujo número de placa estivesse registado junto da CML ou de um dos operadores que fornecem o acesso, poderiam navegar fora de um conjunto de "sites" pré-determinado, sendo que qualquer tentativa de acesso fora destes levaria a uma página com as intruções necessárias ao registo.
Deste risco, já alertamos a CML, esperando que sejam implementadas medidas que permitam identificar os utilizadores de um serviço gratuito que, repetimos, é particularmente benvindo.
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