Visão esquemática de um satélite do Glonass
Espera-se que até ao final de 2009, estejam 24 satélites em operação, garantindo redundância e verificação e calibração, de modo a que a precisão e cobertura permitam concorrer com o GPS.
O Glonass foi iniciado como um sistema de mapeamento e orientação destinado a fins essenialmente militares ou de defesa civil do território nos anos setenta, ainda no tempo da antiga União Soviética, tendo o projecto ficado quase parado durante os anos noventa devido a falta de fundos.
Sob a presidência de Vladimir Putin, o projecto Glonass foi retomado, ultrapassadas as dificuldades financeiras e o que era sistema essencialmente destinado às forças estratégicas soviéticas passou a ter uma vertente comercial que poderá vir a rentabilizá-lo, tal como acontece com a indústria aero-espacial russa.
A conclusão do Glonass antes do Galileo e a capacidade que a Rússia demonstra em termos espaciais pode, efectivamente, vir a dificultar a exploração comercial do sistema de navegação por satélite europeu que, certamente, não estará pronto antes de 2009, altura em que os receptores poderão passar a ter um conjunto de sinais de orientação alternativos ou complementares do GPS.
Para o Galileo, a conclusão do Glonass pode ser um sério revés em termos comerciais, caso a Agência Espacial Russa decida comercializar os serviços e concorrer directamente com o GPS, atirando o sistema europeu para o terceiro lugar da corrida neste mercado em franca expansão.
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