Detecção de posição através de triangulação
Obviamente, tal pesquisa é condicionada pela existência de registos por parte dos operadores a nível de antena GSM e dá trabalho a pesquisar, mas é uma das possibilidades existentes de vir a conhecer qual o cartão de origem, de destino e, com alguma sorte, os IMEI ou número identificador único dos telemóveis, um dos quais poderá ainda existir com o mesmo ou com outro cartão SIM.
No limite, pode-se, inclusivé, tentar apurar qual o número de cartão e IMEI do telemóvel que foi contactado a partir da zona do atentado e que nunca mais foi usado ou registado numa antena, presumindo-se que tenha sido o que foi destruido na explosão.
Em Portugal tende-se a abusar da prova testemunhal, que pode ser pouco fiável e muitas vezes acaba por se alterar durante o processo, ou em escutas telefónicas, que nem sempre obedecem aos requisitos legais e muitas vezes não interceptam nada de relevante ou comprometedor.
Em contrapartida, prova documental ou pericial tende a ser secundarizada ou usada como mero recurso quando tudo o resto falha, mas muitas vezes quando se envereda por esta via grande parte das provas já foram destruidas ou estão de tal forma degradadas que não são conclusivas, tal como aconteceu no caso Maddie com os resultados que todos conhecemos.
Não é nosso propósito alongar-nos nas questões da investigação criminal, mas muitos dos sistemas de localização, seguimento, detecção e outros que temos vindo a descrever ou analisar podem ser excelentes instrumentos de investigação, capazes de ajudar em muito na identificação de quem recorra a dispositivos que usem o espectro radio-eléctrico público.
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