quinta-feira, agosto 14, 2008

Stress pós-traumático: quantas vítimas haverá em Portugal - 1ª parte


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Socorro numa tentativa de suicídio

Numa altura em que o problema do apoio a vítimas de "stress" pós-traumático e discutido, desconhecemos a existência de alguma estatística quanto ao número de traumatizados, à gravidade do seu estado e o tipo de acompanhamento que têm, mas será quase intuitivo que não existirão números oficiais que permitam avaliar a gravidade deste problema.

Este é um número difícil de calcular, que representa situações extremamente diversas e com graus de gravidade que abrangem desde o trauma ligeiro ao que será irreversível, mas podem-se efectuar alguns cálculos quanto a situações de perigo para a vida humana baseando-nos em acidentes, crimes violentos ou missões arriscadas, podendo, ainda, acrescentar-se algumas parcelas resultantes de outro tipo de agressões físicas ou psicológicas.

Tendo como base os acidentes em que se verificaram vítimas mortais ou feridos graves, crimes violentos e aqueles nos quais houve ameaças contra a vida humana, missões onde houve risco de vida perceptível para os participantes, incluindo nestas as desempenhadas durante acções de socorro, manutenção de paz em zonas de conflito, intervenções armadas por parte das forças de segurança, entre outras, os números anuais, que tendem a acumular-se, superam a dezena de milhar.

Em 2007, houve mais de 3.000 feridos graves em acidentes de viação, perto de um milhar de vítimas mortais, valor abaixo do real por não incluir os feridos graves que vêm a falecer, e mais de 40.000 feridos ligeiros.

Se adicionarmos os assaltos a bancos, estabelecimentos comerciais, residências e "carjacking", que podemos calcular corresponder, em termos médios, a duas a três vítimas por ocorrência, o número de traumatizados em consequências de crimes violentos superará o milhar.

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