sábado, agosto 16, 2008

Estatísticas dos fogos sem enquadramento - 1ª parte


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Bombeiros no combate a um incêndio

As estatísticas que descrevem os valores de área ardida ou o número de ocorrências, mesmo baseando-se em dados oficiais, acabam por reflectir apenas uma verdade parcial, manipulada por quem pretende dar uma ou outra ideia quanto à evolução que se tem verificado ao longo dos últimos anos.

Por já termos mencionado os valores disponibilizados pela Direcção-Geral de Recursos Florestais referentes aos primeiros meses deste ano, não os repetiremos, mas a insistência com que os mesmos são sucessivamente divulgados e repetidos, com interpretações díspares, merece um breve comentário.

Quem pretende dar uma ideia negativa, limita-se a comparar os dados de 2008 com os do ano anterior, excepcionalmente baixos e quase irrepetíveis, apresentando o aumento a nível de área ardida e de número de ocorrências como

Por outro lado, no sentido inverso, aponta-se para a inclusão dos dados dos últimos dez ou cinco anos, incluindo assim anos verdadeiramente trágicos, como forma de manter os valores de 2008 abaixo da média, apontando assim para uma perspectiva de sucesso.

Na verdade, os valores de 2008 serão perto de metade da média da última década, mas existe um aumento de perto de 50% relativamente a 2007, pelo que apresentar dados reais não corresponde ao mesmo que dizer a verdade, que só pode ser traduzida através de um estudo mais complexo que, tipicamente, é omitido a favor de um imediatismo irrealista e enganador.

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