domingo, agosto 17, 2008

Stress pós-traumático: quantas vítimas haverá em Portugal - 2ª parte


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Uma consequência é a depressão profunda

A estas parcelas falta adicionar os que participam em missões de risco, sendo relativamente fácil de contabilizar os membros das Forças Armadas que prestam serviço em zonas de conflito, mas quase impossível saber quantos elementos ligados ao socorro ou às forças de segurança que estiveram em perigo de vida e de tal tenham tido a plena consciência.

Mais difícil ainda será conhecer números relativos a situações de abuso continuado, que podem ocorrer no seio da família ou no meio laboral e que tipicamente não são reportadas nem tratadas, dando origem a um sem número de situações da maior gravidade que podem vir a revelar-se devastadoras.

Se tivermos em conta que o "stress" pós-traumático pode ser extensível a quem partilhe das experiências das vítimas, o número será muito superior, embora, em termos médios, a gravidade com que alguém é atingido indirectamente tenda a ser menor do que os que o são pessoalmente, mas também não deixa de ser verdade que também os cuidados recebidos e o apoio pode ser inexistente para quem é afectado de forma colateral.

Mesmo desconhecendo o número, algo que provavelmente também será desconhecido por parte das entidades oficiais, podemos estar diante de um número enorme, abrangendo uma significativa parte da população portuguesa e tendo um impacto particularmente negativo em termos sociais e a nível de saúde mental.

Tendo em conta a enormidade dos números e a falta de conhecimento e de apoio por parte das entidades oficiais, não será de espantar que uma significativa parte da população portuguesa sofra de depressão, com as consequências que tal acarreta em termos de qualidade de vida e de productividade.

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