sábado, agosto 23, 2008

Portugueses confiam nos bombeiros e não acreditam nos políticos


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Bombeiros durante o combate a um incêndio

Os bombeiros, carteiros e professores são os profissionais que merecem maior confiança dos portugueses, em linha com outros europeus, sendo os políticos quem merece uma menor confiança.

Este estudo foi elaborado pela empresa de estudos de mercado GFK em parceria com o "Wall Street Journal", com trabalhos de campo entre 07 e 16 de Março, durante os quais foram entrevistadas mais de um milhar de pessoas em Portugal com idade superior a 15 anos, que classificaram 20 profissões diferentes, mas no total, o inquérito divulgado na passada quinta-feira abrangeu quase vinte mil pessoas de 21 países europeus e dos Estados Unidos,

Os portugueses manifestaram confiança nos bombeiros, que surgem em primeiro lugar com 94% de votos favoráveis, seguindo-se os carteiros, que em muitas zonas desempenham um importante papel social, com 89%, os professores do ensino primário e secundário, com 89%, os médicos, que têm 87% de opiniões positivas, os militares, com 80%, e os polícias que conseguem 75%.

No extremo oposto estão, inevitavelmente, os políticos, com apenas 14% de votos favoráveis, que deve corresponder a quem desempenha funções políticas ou tem filiação partidária, seguindo-se os publicitários, com 40%, portanto a uma grande distância, após o que surgem os empresários de grandes empresas, com 41% e os banqueiros com 46%.

Este é um estudo que não deve surpreender quem acompanhe a vida nacional, mas não podemos deixar de lembrar que a visibilidade e a individualização de quem desempenha cargos públicos contribui para que um único acto ou decisão facilmente assuma contornos de enormes proporções, algo que, obviamente, não sucede com classes profissionais onde o anonimato confere alguma protecção.

No entanto, mesmo com alguns atenuantes que influenciam a objectividade dos resultados, seria conveniente que a classe política não deixasse de reflectir sobre esta sondagem e reveja um conjunto de atitudes e de decisões que não se limitam a desgastar a sua própria imagem, mas corroem também princípios básicos sobre os quais assentam os fundamentos do estado democrático.

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