Bombeiros durante o combate a um incêndio
Este estudo foi elaborado pela empresa de estudos de mercado GFK em parceria com o "Wall Street Journal", com trabalhos de campo entre 07 e 16 de Março, durante os quais foram entrevistadas mais de um milhar de pessoas em Portugal com idade superior a 15 anos, que classificaram 20 profissões diferentes, mas no total, o inquérito divulgado na passada quinta-feira abrangeu quase vinte mil pessoas de 21 países europeus e dos Estados Unidos,
Os portugueses manifestaram confiança nos bombeiros, que surgem em primeiro lugar com 94% de votos favoráveis, seguindo-se os carteiros, que em muitas zonas desempenham um importante papel social, com 89%, os professores do ensino primário e secundário, com 89%, os médicos, que têm 87% de opiniões positivas, os militares, com 80%, e os polícias que conseguem 75%.
No extremo oposto estão, inevitavelmente, os políticos, com apenas 14% de votos favoráveis, que deve corresponder a quem desempenha funções políticas ou tem filiação partidária, seguindo-se os publicitários, com 40%, portanto a uma grande distância, após o que surgem os empresários de grandes empresas, com 41% e os banqueiros com 46%.
Este é um estudo que não deve surpreender quem acompanhe a vida nacional, mas não podemos deixar de lembrar que a visibilidade e a individualização de quem desempenha cargos públicos contribui para que um único acto ou decisão facilmente assuma contornos de enormes proporções, algo que, obviamente, não sucede com classes profissionais onde o anonimato confere alguma protecção.
No entanto, mesmo com alguns atenuantes que influenciam a objectividade dos resultados, seria conveniente que a classe política não deixasse de reflectir sobre esta sondagem e reveja um conjunto de atitudes e de decisões que não se limitam a desgastar a sua própria imagem, mas corroem também princípios básicos sobre os quais assentam os fundamentos do estado democrático.
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