segunda-feira, agosto 18, 2008

O secretismo dos relatórios - 1ª parte


Image Hosted by ImageShack
Esconder compromete a confiança no futuro

A classificação de "segredo de Estado", que segundo o semanário "Sol" atribuida a um relatório da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) que analisa de forma bastante crítica o uso de armas de fogo pelos agentes das forças de segurança vem, infelizmente reforçar a ideia de falta de transparência e pouca clareza na relação entre o Estado e os cidadãos.

Esta atitude, no entanto, não é nova, apenas surge como assumida, dado que no passado foram vários os inquéritos que foram sendo sucessivamente repetidos até serem obtidos os resultados que satisfaziam todas as partes com alguma influência ou poder decisório e vários relatórios acabaram por não ser publicados na altura da conclusão, ficando esquecidos o tempo suficiente para que o caso fosse esquecido ou perdesse o seu mediatismo.

Da destrinça entre o que é, efectivamente, de uso reservado e a informação que os orgãos do Estado têm a obrigação constitucional de tornar acessível aos cidadãos, resultará uma maior confiança destes em quem os governa e nas entidades mencionadas nos próprios relatórios que, no caso da IGAI durante o consulado de António Rodrigues Maximiano, a quem prestamos uma mais do que merecida homenagem, eram publicados e devidamente publicitados.

Devemos, ainda, acrescentar que, enquanto Inspector-Geral, Rodrigues Maximiano sempre respondeu a todas as dúvidas ou sugestões que colocamos, obviamente sem expor informação classificada, e que o seu exemplo deve ser seguido e inaltecido.

Sem comentários: