O veículo do militar da GNR que se suicidou em Brancanes
Se por um lado os militares, salvo os que forem devidamente sinalizados, terão sempre acesso a armas sem supervisão ou acompanhamento, o que acontecerá numa ocasião ou noutra, não será a falta de uma arma que impedirá o suicídio, sendo quase certo que, tomada a decisão, este será concretizado de acordo com as possibilidades existentes ou no momento em que possa obter os meios previstos.
Não se podem confundir uma mera questão de acessibilidade de meios, que sempre existirá para qualquer pessoa, com as razões profundas que determinam a opção pelo suicídio, que no caso concreto não era um pedido de ajuda, mas uma decisão final, o que nos leva a equacionar se houve ou não algum tipo de aviso e qual a atenção com que este terá sido escutado ou interpretado.
Estes dois casos, que surgem quase em simultâneo, ocorrem num período crítico, o de Natal e passagem de ano, quando as emoções são mais fortes, em muitos casos se espera destes profissionais mais do que podem dar, e se perspectiva mais um futuro que, no caso dos militares da Guarda, surge muitas vezes como incerto dada a reestruturação em curso.
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