Bombeiro durante o combate a um incêndio
Sendo uma necessidade, seja por opção, seja por condicionalismos demográficos, a profissionalização do socorro é um custo que necessita de ser socialmente reconhecido e equiparado a outros que hoje são considerados indiscutíveis, como a segurança, a saúde ou a justiça, relativamente aos quais ninguém coloca em dúvida nem a necessidade, nem as despesas inerentes ao seu funcionamento.
O enorme peso dos voluntários no socorro, que permitiram ao longo de anos poupar uma verba incalculável ao Estado português, à custa de muitos sacrifícios pessoais e nem sempre da maior eficácia, necessita hoje de ser encarado como tendencialmente em fase de redução, podendo um dia a situação inverter-se e passar a desempenhar um papel de complementaridade relativamente a um maior pendor para o profissionalismo, assumindo-se sem complexos esta evolução e os custos inerentes.
Um socorro eficaz, moderno, com a capacidade de resposta a que todos temos direito, obriga a suportar investimentos, que se irão reflectir, inevitavelmente, nas contas públicas, mas será o único caminho a seguir para evitar o colapso de um sistema que, sobretudo nas zonas mais desertificadas do Interior, começa a ser demasiadamente evidente para poder continuar a ser ignorado.
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