Elementos da Força Especial de Bombeiros
Propusemos por diversas vezes que a implementação de unidades permanentes começasse a nível distrital, com maiores efectivos, do que resultam economias de escala e uma maior facilidade em termos organizativos, podendo fazer variar o número de elementos disponíveis de acordo com as necessidades do momento sem que a isso corresponda em alguns períodos a interrupção do serviço e ultrapassando o problema de coordenar efectivos demasiadamente reduzidos.
Obviamente, implementar uma estrutura profissionalizada a nível distrital, mesmo que resultasse em vantagens operacionais, tem uma implicação óbvia em termos financeiros, nomeadamente a perda da contribuição das autarquias, resultando num maior encargo directo para o erário público e uma despesa acrescida do Estado que seria difícil de camuflar.
Temos, pois, mais uma situação em que economicismo e aparências assumem a primazia, podendo esta iniciativa no sentido de uma maior profissionalização do socorro representar um custo elevado sem que a tal corresponda uma melhoria do desempenho operacional, com o agravante de se correr o risco de situações de conflitualidade das quais podem resultar uma diminuição do número de voluntários, ainda hoje e, quase certamente por muitos anos, o sustentáculo do socorro em Portugal.
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