sexta-feira, abril 10, 2009

Comunidade Europeia obriga a guardar registo de comunicações - 2ª parte


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Um sistema de armazenamento de correio

Obviamente, o envio de mensagens devidamente encriptadas e a proliferação de endereços de correio gratuitos, bem como o aumento do número de acessos à Internet móveis e que não obrigam a registo podem transformar esta medida numa dispendiosa inutilidade de reduzidos efeitos práticos e elevados custos operacionais.

Para agravar o problema, muitos dos servidores de correio gratuito estão fora de território comunitário, sendo que alguns estão em países que não implementam medidas de segurança e controle adequadas, permitindo contornar as medidas que agora entram em vigor.

Na verdade, para além de algum tipo de registo de contactos, para as situações mais complexas resultantes de uma maior profissionalismo, pouco mais haverá a esperar desta nova imposição, sendo expectável que nos casos potencialmente mais perigosos poucos ou nenhuns registos haverá.

A possibilidade de controlar efectivamente ligações electrónicas acaba por ser escassa e dificilmente utilizável em termos de prevenção, tal o volume de informação que circula, sendo que, mesmo numa fase posterior, será complexo detectar quem tenha substanciais conhecimentos em termos informáticos.

Apesar das intenções, que são de louvar, os resultados práticos poderão exceder em pouco a perda de privacidade e, eventualmente, alguma devassa da vida privada, encarecendo o custo das comunicações sem que os objectivos reais sejam alcançados, razão pela qual será de equacionar se este será, efectivamente, o caminho a seguir.

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