Merece um breve comentário o facto de os habitantes da freguesia de Ruivós, no concelho do Sabugal, terem acesso à Internet via WiFi antes de instalada uma rede de saneamento básico, cuja instalação nem sequer está calendarizada.
Esta estranha forma de modernidade, que dá prioridade a uma tecnologia, importante mas cuja utilização num meio rural composto de população maioritariamente envelhecida será dúbia, quer pela necessidade de computadores, quer pela dos necessários conhecimentos, sobre algo de essencial em termos de saneamento e higiéne, é uma óbvia inversão de prioridades, mas não pode ser condenada sem uma análise do caso concreto.
Estamos perante uma flagrante situação de interioridade, isolamento e desertificação, com tudo o que tal implica em termos de desenvolvimento, razão pela qual se deve equacionar a importância das comunicações, mas também a sua adequação às necessidades locais.
Aliás, quando o próprio presidente da Junta confessa que não usará este novo recurso que a autarquia oferece aos menos de cem habitantes da aldeia, é de colocar a questão relativamente ao número real de interessados e de futuros utilizadores bem como aos recursos financeiros disponíveis a médio e longo prazo.
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