A aldeia portuguesa de Monsanto
Relativamente ao argumento de que o WiFi custa menos que o saneamento, apenas lembramos que deve haver prioridades e não havendo possibilidade de pagar o essencial, as verbas disponíveis podem ser retidas até permitirem a sua realização, e em vez de gastá-las no acessório, que apenas faz tardar aquilo que deve ter maior prioridade.
É, no entanto, de rejeitar uma condenação em absoluto desta opção, sobretudo numa zona do Interior onde a Internet compensa, ainda que parcialmente, a dificuldade de acesso a fontes de informação, ao convívio e à integração social, pelo que, mesmo com óbvias reservas em termos de prioridade, deve haver abertura para compreender este investimento.
Mesmo assim, alertamos para o deslumbramento pelas novas tecnologias e para opções por investimentos de utilidade duvidosa, cuja única vantagem é seram menos dispendiosos do que aqueles que deviam ser prioritários, e que espelham o estado de um País que navega à vista, onde necessidades básicas continuam a não estar ao alcance de todos os habitantes.
Sem comentários:
Enviar um comentário