segunda-feira, abril 06, 2009

Internet antes de saneamento básico - 2ª parte


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A aldeia portuguesa de Monsanto

Mesmo o argumento de que esta será uma forma de compensar as falhas nas redes de comunicações móveis, parece esta ser uma fraca alternativa, cuja manutenção em condições de funcionamento por um longo periodo parece duvidosa e obriga os habitantes a investir em computadores pessoais com suporte de WiFi.

Relativamente ao argumento de que o WiFi custa menos que o saneamento, apenas lembramos que deve haver prioridades e não havendo possibilidade de pagar o essencial, as verbas disponíveis podem ser retidas até permitirem a sua realização, e em vez de gastá-las no acessório, que apenas faz tardar aquilo que deve ter maior prioridade.

É, no entanto, de rejeitar uma condenação em absoluto desta opção, sobretudo numa zona do Interior onde a Internet compensa, ainda que parcialmente, a dificuldade de acesso a fontes de informação, ao convívio e à integração social, pelo que, mesmo com óbvias reservas em termos de prioridade, deve haver abertura para compreender este investimento.

Mesmo assim, alertamos para o deslumbramento pelas novas tecnologias e para opções por investimentos de utilidade duvidosa, cuja única vantagem é seram menos dispendiosos do que aqueles que deviam ser prioritários, e que espelham o estado de um País que navega à vista, onde necessidades básicas continuam a não estar ao alcance de todos os habitantes.

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